2008-06-30

Gracias por el futbol !!!

Obrigado pelo futebol !!!
É o que podemos dizer a nuestros hermanos.

Sem euforias pelas vitórias sucessivas (ao contrário da Holanda ou Croácia), com grande rigor defensivo (ao contrário de Portugal), com os melhores jogadores a serem os anti-estrela (como são o Xavi, o Iniesta e o Fabregas - três catalães), a Espanha sagrou-se, com ampla justiça e de forma invicta, campeã europeia de futebol.

Fê-lo, pela segunda vez no seu historial, após 24 anos sem presenças em finais (desde o célebre "frango" de Arconada num livre directo de Platini em pleno Parque dos Príncipes) fê-lo também com inegável categoria e superioridade.

Por isso, muito obrigado.

Temos de estar agradecidos por terem sido os melhores a ganhar, por terem sido eles a vetar a vitória de uns pragmáticos mas demasiadamente cinzentos alemães (com os quais teremos ainda de aprender qualquer coisa...).

Temos de estar agradecidos (e lembrar-mo-nos) por nos mostrarem que "comboios de entuaiasmo" (como os em que a Holanda e Rússia embarcaram) têm sempre viagens curtas e abreviadas pelos que mantêm os pés assentes em solo firme. E nuestros hermanos "despacharam" os russos duas vezes e sem reticências... 4-1 e 3-0.

Temos de estar agradecidos (e manter presente) que "as luzes da ribalta" ofuscam e toldam a visão; na próxima época, lá teremos os trabalhadores do costume a darem tudo dentro de campo (e não apenas quando o golo está à vista)... além dos já mencionados Xavi, Iniesta e Fabregas, a lista é enriquecida por nomes como Sérgio Ramos, Capdevilla, Puyol, Xabi Alonso, David Silva, Cazorla, Marcos Senna ou Guiza. Lá atrás, o jovem "veterano" Casillas.

Mas não digamos bem só dos vencedores (quais convivas a dizerem bem de um defunto apenas pela razão de que acabou de falecer). Beckham e Gerrard de fora...Houve vários outros jogadores em destaque que merecem menção honrosa, como sejam Ashvavin (Rússia), Kolodin (Rússia), Pavlyuchenko (Rússia), Larson (Suécia), Emre (Turquia), Altintop (Turquia), Tuncay (Turquia), Nihat (Turquia), Deco (Portugal), Petit (Portugal), Moutinho (Portugal), Bozingwa (Portugal), Ballack (Alemanha), Schweinsteiger (Alemanha), Podolski (Alemanha), Modric (Croácia), Ribéry (França), Buffon (Itália), Pirlo (Itália), Van Nistelrooj (Holanda), Sneijder (Holanda), lamentando-se ainda as ausências de Rosicki (Rép. Checa) e Nesta (Itália).

Pelo comprimento desta lista (e de algum nome que, por lapso, terei deixado de fora), vê-se claramente que este Euro 2008 foi muito mais do que a vitória da Espanha. Bons jogos, bons jogadores, bons espectáculos.

É pena que as selecções organizadoras tenham pouca qualidade futebolística (até hoje, apenas por uma vez, uma selecção organizadora - Bélgica em 2000 - não tinha passado à segunda fase) porque tal baixa a qualidade do torneio. As duas disseram "presente" e pouco mais, tendo ficado de fora outras que proporcionariam outro espectáculo... Inglaterra, Dinamarca, Irlanda, por exemplo.

Venha o Mundial 2010, na África do Sul, porque este Euro 2008 está entregue, e muito bem entregue.