2013-03-29

A sequência pára aos 27

Desde que, no Outono de 2010, LeBron James (ex-Cleveland) e Chris Bosh (ex-Toronto) se juntaram a Dwayne Wade nos Miami Heat que esta equipa se tornou num daqueles grupos que tem tanto talento e potencial, que toda a gente lá quer jogar, porque as vitórias vão acontecer.


Trata-se de um "charme" que é comum em Nova Iorque (se bem que aí, não há uma equipa campeã desde 1973) e, principalmente, em Los Angeles, onde jogadores praticamente se oferecem todos os dias para poderem jogar numa das mais icónicas organizações de sempre, da NBA.

Apesar da desilusão de 2010/2011, onde - sendo super-favoritos - perderam as Finais contra os Dallas Mavericks de Dirk Nowitski e Cª., os Miami têm subido sempre de nível, contruído uma equipa fortíssima, que "dizimou" os Oklahoma City Thunder nas Finais de 2012 e é novamente a favorita para vencer em 2013.

Com a entrada do ex-inimigo Ray Allen (proveniente dos Boston Celtics, equipa que teve alguns jogos contra Miami que "deram faísca"), o treinador Eric Spoekstra tem ao seu dispor um grupo que pode ganhar qualquer jogo e pode pensar em bater records históricos.

Um desses records perdura desde 1972, a sequência de 33 vitórias consecutivas que os Lakers de Wilt Chamberlain conseguiram e que os Heat estiveram perto de bater.

Estiveram, porque, com a contagem em 27 vitórias consecutivas, iniciada após a derrota em Indiana no passado dia 1 de Fevereiro, os Heat dizimaram a concorrência, vencendo 24 desses 27 por mais de 3 pontos, dando mostras da sua  superioridade.

Na chegada a Chicago, terra natal de Wade (e que não lhe perdoa o facto de, em 2011, não ter vindo para "casa" quando era free-agent e tenha preferido "recrutar" James e Bosh), mora uma equipa em reconstrução, à espera que o seu líder, Derrick Rose, acabe a sua recuperação, após uma lesão gravíssima (rotura dos ligamentos cruzados, ocorrida nos Playoff de 2012), e regresse para voltar a tornar os Bulls numa equipa de topo.


Apesar de esta época ter sido repleta de lesões (os Bulls apresentaram-se sem outros dois titulares - Joakim Noah e Richard "Rip" Hamilton - e ainda o triplista Mario Bellinelli), a equipa tem tido uma performance muito acima do que se esperava, onde os "ilustres desocnhecidos" Nazr Mohammed, Jimmy Butler, Daequan Cook e Marquis Teague têm dado um contributo importante, debaixo da liderança notável de Tim Thibodeau, e do "supporting cast", que inclui Taj Gibson, Nate Robinson, Kirk Hinrich, Carlos Boozer e Luol Deng.

Ontem, em Chicago, acabou a sequência de vitórias. 27.

Um jogo feio, onde os Bulls se preocuparam mais em apoquentar os adversários com a sua energia (os ressaltos ofensivos e as faltas duras já são marca registada em Chicado - ver vídeo) e nunca deixar que a motivação que vem dos contra-ataques e transições rápidas de Miami permitam aqueles "afundanços" que motivam sempre a equipa.

Após um 1º Período quase perfeito (Bulls 32-22 Heat), a equipa da casa conseguiu sempre responder às investidas dos visitantes e, só por breves momentos no 3º Período, não esteve na frente do marcador, acabando por triunfar por 101-97.

O record mantém-se, assim, velhinho por mais uns tempos, mas é certo que estes Heat vão voltar a vencer muitos jogos e a derrubar outros (novos e velhos) records da NBA.


Fonte: NBA